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Mensagens

A mostrar mensagens de agosto, 2025

O que esperar dos Dragões em Lisboa?

  Ao analisar os dois últimos jogos do Futebol Clube do Porto, vemos que a equipa mostra ter consistência além de mostrar que é um dos candidatos à vitória do campeonato. No sábado os Dragões vão enfrentar o Sporting Clube de Portugal e espera-se um grande jogo tendo em conta as recentes prestações de ambas as equipas. Com os Dragões em casa, os Galos cantam baixinho Na segunda-feira, dia 18 de agosto, foi fechada a segunda jornada do campeonato com mais uma vitória do Futebol Clube do Porto frente ao Gil Vicente.  O Porto abriu o marcador aos 20 minutos por via de Froholdt, um grande gesto técnico de cabeça a empurrar a bola para dentro da baliza depois de um canto batido por Gabri Veiga. A vantagem instalou-se precocemente, reflexo do que havia sucedido há precisamente uma semana frente ao Vitória, no entanto, o Gil não baixou as guardas e chegou a assustar o Porto uma data de vezes. Notícia triste para a invicta, Samu lesiona-se ainda na primeira parte, sendo este sub...

Política sem juventude é território sem futuro

Vivemos tempos de profundas transformações sociais, económicas e culturais, em que a participação cívica e política é mais necessária do que nunca. Neste contexto,  os jovens devem deixar de ser vistos como meros beneficiários das decisões políticas e passar a ser reconhecidos como agentes ativos na construção do presente . Estudantes do ensino secundário e universitário têm hoje uma consciência crítica apurada, competências diversas e uma forte ligação à realidade que os rodeia  são parte da solução e não apenas observadores do problema . Contudo, em muitos municípios,  as políticas de juventude continuam a ser encaradas como acessórios , muitas vezes limitadas a iniciativas pontuais, eventos recreativos ou programas com pouco impacto estrutural.  É preciso ir muito mais além. É preciso ouvir, envolver e confiar nos jovens. A verdade é que, em várias autarquias, a política local deixou de responder aos sonhos e às ambições da juventude.  Falta habitação acessív...

Extremismos: Vozes de ruína ou ecos da esperança popular?

Será que os extremos são o problema ou a consequência do problema? Vivemos tempos em que a palavra “extremismo” é usada como arma. Uma palavra fácil, preguiçosa, lançada contra tudo o que foge à norma estabelecida, ao consenso confortável de alguns "lá de cima" que há muito deixaram de ouvir o povo. Mas será, de facto, o extremismo um mal absoluto? Ou será antes o grito, rude, desesperado, legítimo, de uma sociedade que já não aguenta mais ser ignorada? Após uma análise política e social cartesiana da História, chegamos à evidente conclusão que o extremismo não é a raiz dos nossos males. É pelo contrário o espelho onde se reflete a falência de um regime que prometeu tudo e entregou ruínas. Não é um delírio coletivo, nem o surgimento de "figuras enlouquecidas emergidas do campo da psicopatologia" para "assaltar o poder". É o eco dos que foram traídos, dos que já não têm lugar à mesa, dos que veem o seu país desfigurado e as suas certezas destruídas por uma...

Rita Matias: A escolha certa para um concelho adormecido

Há quem diga que a Rita Matias é “nova demais” para liderar um concelho como Sintra. Que devia esperar, ganhar mais experiência, manter-se no Parlamento e deixar o lugar para quem já tem experiência na política local. Mas a verdade é clara e simples: o que realmente incomoda não é a idade dela, é a coragem que tem para dizer o que muitos evitam. Incomoda que uma jovem, com convicções firmes e voz própria, sem medo de enfrentar o politicamente correto, se levante contra o estado de abandono a que Sintra chegou. Incomoda que alguém olhe de frente para a realidade difícil do concelho e declare, sem rodeios, que Sintra precisa urgentemente de mudança. Uma mudança que passe por colocar os portugueses em primeiro lugar, valorizar quem trabalha e respeitar quem dedicou a vida a este país, garantindo condições dignas para todos, especialmente para os que querem continuar a construir o seu futuro aqui. Sou jovem e venho de Cascais, mas sinto que a política que nos foi vendida durante anos só ...

Opinião pública: Quem fala em nome do povo?

  Em janeiro de 1918, António Sérgio publicava pela primeira vez o seu ensaio Opinião e Competência em Democracia , onde demonstrava a importância vital da opinião pública para a Democracia. Nas palavras do autor, “o ideal da Democracia (política), em suma, é o governo da nação por elites naturais, criadoras da opinião pública e executantes da opinião pública: o governo da persuasão pelo escol da inteligência”. Se aceitarmos esta definição e reconhecermos o papel fundamental da opinião pública para a nossa sociedade, não deveríamos ser mais exigentes com aqueles que a moldam? Sim. Porque se a existência de uma opinião pública inteligente, independente, consciente e organizada é condição primordial para a existência da Democracia, então devemos perguntar-nos se esta existe mesmo em Portugal? Sérgio já então lamentava a sua ausência. Um século depois, o vazio persiste, mesmo que mascarado pelo véu do falso pluralismo, protagonizado pelos ventrículos do poder económico nos palcos med...

A revogação do feminismo: Já não queremos igualdade?

Nos últimos anos, um pouco por todo o mundo, temos vindo a assistir ao aumento do número e da popularidade dos partidos de extrema-direita. Estes movimentos conservadores defendem, entre outros ideais, a família tradicional com os rótulos já conhecidos: o marido homem, que traz o sustento necessário a casa oriundo do seu trabalho árduo, e a esposa mulher, que é doméstica e encarregada de educar os filhos. Apesar de muitas cidadãs caírem na armadilha de considerar que a família tradicional é o melhor exemplo para a sociedade atual seguir, as implicações destes retrocessos seriam amplamente sentidas por todos em vários aspetos. Seriam reais e graves. Se as mulheres extremamente conservadoras em cargos de poder vissem o que proclamam ser aplicado dentro dos seus lares, provavelmente ficariam fechadas em casa o resto das suas vidas, agarradas aos filhos e às tarefas domésticas, desprovidas da liberdade de expressão de que tanto tiram proveito e com direito a uma eventual agressão física p...

Entre o incentivo e a injustiça

O Decreto-Lei n.º 134/2023, publicado a 28 de dezembro em Diário da República, aprovou o prémio salarial de valorização das qualificações no mercado de trabalho. Esta medida, mais conhecida como “devolução das propinas”, consiste num incentivo financeiro à permanência de jovens qualificados em território nacional e uma recompensa pelo prosseguimento de estudos superiores. A medida abrange todos os contribuintes residentes em território nacional, até aos 35 anos de idade. Os licenciados e mestres passam a ter direito a receber anualmente um prémio salarial no valor de 697 euros por cada ano de licenciatura e 1500 euros por cada ano de mestrado. De acordo com os dados do XXIII Governo Constitucional de Portugal esta medida tem um impacto orçamental anual de 215 milhões de euros. A meu ver, trata-se de um esforço financeiro significativo por parte do Estado português, sobretudo quando comparado com os resultados práticos que produz. Os dados mais recentes indicam uma elevada percentage...

Socialismo: uma urgência ética numa sociedade que só olha para si

Vivemos tempos de individualismo radical. A meritocracia é glorificada, a desigualdade é normalizada e a solidariedade é tratada como utopia. Numa sociedade onde cada um parece viver apenas para si, o socialismo não é uma palavra do passado, é uma proposta urgente para o futuro. Este artigo não defende o socialismo como rótulo, mas como princípio ético, político e coletivo. Aquele que pergunta: que sociedade queremos construir? Hoje, vende-se a ideia de que quem tem sucesso, merece. E quem falha, também. Mas esta lógica ignora as desigualdades de partida, a precariedade, o acesso desigual à educação, à habitação e à saúde. Num país como Portugal, em que a coesão territorial é tratada como um tema “secundário”, conseguimos perceber que as desigualdades são cada vez maiores.  O neoliberalismo ensina-nos que “cada um deve tratar da sua vida”. O socialismo responde: ninguém se salva sozinho. Numa sociedade verdadeiramente justa, o sucesso de uma pessoa não se constrói à custa do sofrim...

As eleições autárquicas

As eleições autárquicas são, por excelência, o momento em que a democracia se manifesta no seu contacto mais direto e genuíno com os cidadãos. É nas câmaras, nas assembleias municipais e nas juntas de freguesia que se exerce o verdadeiro poder político, aquele que transforma o quotidiano das comunidades e reflete a identidade profunda dos seus habitantes. No entanto, o modelo atual de governação local tem sido marcado por uma crescente distância entre os eleitos e os eleitores, pela burocratização excessiva e pela prevalência de interesses alheios às reais necessidades do povo. Esta alienação política tem conduzido a uma crise de confiança e à sensação de que o poder local não passa de um prolongamento das estruturas centrais, muitas vezes dominadas por uma elite desconectada.  É imperativo, portanto, que estas eleições sejam encaradas como uma oportunidade para restaurar a soberania popular no seu sentido mais autêntico, um poder que emana diretamente do cidadão, que respeita as t...

O luto invisível das gerações recentes - As pequenas perdas que moldam as nossas vidas

Nem toda a perda se anuncia com estrondo. Às vezes, o que mais nos transforma é o que se perde devagar, em silêncio, quase sem testemunhas. São os sonhos que não se concretizam, os projetos que falham, os caminhos que pareciam certos para nós e, de repente, desaparecem. Vivemos, ao longo da vida, muitos desses momentos — discretos, mas marcantes — que raramente são nomeados como o que de facto são: pequenas mortes. E é nesse acúmulo de despedidas silenciosas que se constrói o chamado luto invisível. Esse tipo de luto não escolhe hora nem lugar. Surge quando não passamos naquela prova decisiva, quando não somos escolhidos para aquele estágio ou para aquele curso que parecia feito para nós. Surge quando temos de fingir entusiasmo por um plano B, ou quando investimos tempo, energia e esperança em algo e — apesar de tudo — não resulta, falhamos. Não há aplausos, nem consolo, nem rito social, apenas a exigência constante de continuar, como se nada tivesse acontecido. A juventude, por ser...

Os portugueses no futebol europeu

Hoje temos o privilégio de poder acompanhar uma das melhores gerações portuguesas que o mundo já viu. A Supertaça Europeia contava com a presença de 4 grandes jogadores portugueses além de que neste momento temos 5 equipas presentes nas competições europeias. Na Supertaça Europeia tivemos o PSG e o Tottenham frente a frente num jogo que parecia dar a vitória aos londrinos com os golos do holandês Micky Van de Ven e do argentino Cristian Romero aos 39 e aos 48 respetivamente. Até que aos 85 minutos, Lee Kang-in, extremo sul-coreano dos parisienses, dá o primeiro de três passos para a vitória com a assistência de Vitinha. O segundo passo foi dado aos 90+4 com um grande cruzamento de Dembélé que encontrou a cabeça de Gonçalo Ramos. O terceiro passo foi dado nos penáltis onde o PSG mostrou ter melhor pontaria. Apesar da derrota, Palhinha foi destaque da equipa londrina pelo seu bom desempenho. Nuno Mendes e Vitinha apresentaram algumas dificuldades na partida por causa da marcação cerrada...

SNS: Muita política e pouca resposta

Numa clara tentativa de demonstrar qual a ideologia que responde aos problemas do SNS, PS e PSD têm esquecido as necessidades evidentes do serviço de saúde. Com isto, passam-se anos e anos e os problemas arrastam-se, prejudicando os utentes e colocando em causa a vida de um grande número de pessoas. A evidência deste "jogo" ideológico e partidário está nos avanços e recuos que o SNS tem sofrido nos últimos anos onde, por exemplo, PS acaba com as parcerias público privadas e o PSD, em sentido contrário, aposta nestas. Onde a ausência de ideias e reformas domina, e onde o investimento irresponsável toma conta. Um exemplo disso foi o aumento de investimento no serviço, que até ao momento, não demonstra alterações significativas nas repostas aos seus utentes. Considero assim, que as reformas que devem ser feitas no SNS devem estar afastadas das ideologias partidárias e próximas dos utentes, colocando estes no centro do Serviço. Para isto, podemos começar por adaptar o SNS á reali...

Autárquicas: uma oportunidade de mostrar o poder jovem

Aproximam-se as eleições autárquicas, trazendo consigo novas oportunidades, mas também uma grande responsabilidade. Vivemos num século em que a informação é geral e de fácil acesso: todos temos acesso a notícias, sejam elas verídicas ou não e, de modo geral, os jovens começam, cada vez mais cedo, a procurar perceber e discutir política, muitas vezes através de redes sociais, como o X e o Instagram, que acabam por, na maioria dos casos, potencializar um debate pouco saudável e que não se foca em decidir quem tem melhores ideias, mas usando ataques pessoais e disseminação de fake news, defendendo o seu partido como se fosse um clube de futebol. Contudo, os jovens começam perceber que, muitas vezes, a sua qualidade de vida depende de quem é eleito para cargos políticos e, mesmo que muitos considerem que qualquer pessoa envolvida na política apenas está lá para favorecer os seus interesses e garantir "tachos", esforçam-se por se manter informados e opinar sobre os assuntos da atu...

A chama do Dragão volta a acender

Talentos brilhantes que não ofuscam o trabalho árduo, promessas que consigo trazem o melhor de alguns craques apagados e um sistema tático que procura extrair do mais simples aquilo que é considerado o objetivo máximo do futebol, vitória. Assim se reflete a primeira jornada do campeonato para os Dragões, um jogo marcado pela imponência portista face a um Vitória que, apesar do resultado, apresentou uma performance relativamente aceitável. Com grande destaque no número dez Tiago Silva, a equipa Minhota entrou muito organizada no jogo e com uma grande oportunidade nos momentos iniciais. Rapidamente o Porto respondeu e marcou a partir de um contra-ataque finalizado com um toque subtil de Pepê por cima do guarda-redes. Mesmo com uma vantagem precoce, os azuis e brancos procuravam ampliar o resultado. A fome de Samu concedeu-lhe dois golos, de modo a que a partida terminasse três bolas a zero. Acompanhado de uma grande tática que anulou o Vitória a partir da sua saída de jogo, que permitiu...

A desvalorização de Abril

O 25 de Abril significa até hoje a libertação de um povo subjugado e oprimido sobre um governo ditatorial, porém existiu, existe e existirá sempre alguém que questione os feitos da revolução. Ao analisarmos a Segunda República Portuguesa fica à vista a desigualdade social, a desigualdade de género, a fome, a falta de liberdade de expressão, a falta de liberdade de imprensa, a Guerra do Ultramar, a PIDE, o retardo desenvolvimento português em comparação com os outros países europeus etc. Ao considerar todos estes fatores penso: porquê voltar atrás? Será o conservadorismo que grita Deus, Pátria e Família? Será o pensamento colonialista em relação às ex-colónias? Será a discórdia com os direitos dos trabalhadores? Será o machismo que estava presente de norte a sul? Não sei. Só sei que hoje posso escrever e falar livremente sobre o governo do meu país, seja a favor ou seja contra, assim como hoje as pessoas podem fazer uso da liberdade a que têm direito para criticar o presente e "glo...