No próximo dia 12 de outubro, Portugal viverá o seu Dia D. As eleições autárquicas não são apenas mais um ato eleitoral: são o momento em que cada cidadão tem o poder de decidir o rumo da sua terra.
Estas eleições chegam num contexto inédito. Pela primeira vez, o partido da extrema-direita surge com uma dimensão nacional e com ambição de conquistar câmaras municipais. As autárquicas, que deveriam ser a avaliação do trabalho feito pelos autarcas e da proximidade que estes mantêm com a população, correm o risco de ser transformadas num palco de ódio, mentira e populismo.
Não podemos permitir que o medo e a manipulação sejam o critério do voto. O culto do líder e o envenenamento do debate político não são compatíveis com a democracia que conquistámos com tanto esforço.
É por isso que os democratas, os cidadãos com bom senso, os que amam Portugal e acreditam nos valores de Abril, têm hoje uma responsabilidade acrescida. Temos de falar com os descontentes, mostrar o trabalho realizado, esclarecer as mentiras e “chamar os bois pelos nomes” sobre o que o partido neo-fascista realmente representa.
As eleições autárquicas são a oportunidade para demonstrar que Portugal não cede ao populismo. No dia 12 de outubro, temos que provar que os portugueses sabem resistir e escolher a democracia. Esse será o nosso dia D!
Rodrigo Pinheiro
Estudante de geografia na faculdade de letras da universidade do Porto
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