Na 47ª edição da Supertaça, o vencedor foi o Benfica contra um Sporting com pouca eficácia. O mesmo pode ser dito acerca do Benfica que (com menos remates) se garantiu à frente no marcador com um deslize de Rui Silva. Apesar de não ter sido um daqueles clássicos cheios de golos, conseguimos ver que ambas as equipas mostram estar preparadas para a época que aí vem.
No caso do Benfica viu-se uma equipa estável com alguns deslizes tanto na primeira parte como na segunda, mas que conseguiu a vitória. Destaco principalmente Richard Ríos e Enzo Barrenechea, dois jogadores que acredito que vão marcar esta época com o grande trabalho desempenhado no meio-campo. Devo destacar também obviamente o Pavlidis, um jogador que apesar de ter demorado algum tempo a afirmar-se na época passada, agora mostra ser um dos criadores de chances do ataque encarnado. Além de ser a vitória de um troféu no início da época, é também um argumento para acreditar em Rui Costa que já apresentou a sua recandidatura à presidência do Benfica sendo que as eleições vão decorrer em outubro. Até outubro ainda vai ter alguns jogos pela frente. Entre eles dois jogos contra o Nice que vão decidir a passagem do Benfica para a fase de grupos da Liga dos Campeões, a competição milionária de que muitas vezes os clubes portugueses dependem por causa dos seus prémios milionários. Ou seja, a não classificação do Benfica pode significar a muito provável perda de Rui Costa nas eleições como a perda de muito dinheiro. Para piorar, no dia 5 de outubro o Benfica vai defrontar o Porto no Estádio do Dragão, um dos jogos que de certeza vai marcar a época não esquecendo que muitas vezes os clássicos são decisivos para conseguir a vitória da liga. Resumindo, tanto pode correr muito bem como muito mal.
No caso do Sporting, vejo uma equipa forte em todos os setores, mas que pecou na eficácia. Na primeira parte vimos o Sporting a conseguir condicionar o Benfica e a chegar ao golo numa grande jogada que mais tarde foi anulado. Na segunda parte a equipa leonina ameaçou várias vezes as redes de Trubin todavia, sem chegar ao golo. Além disso penso que o Rui Borges deveria ter realizado as substituições mais cedo. A equipa mostrava uma clara necessidade de sangue fresco depois do golo de Pavlidis aos 50 minutos de jogo logo a começar a segunda parte. As primeiras substituições do Sporting foram realizadas quase aos 70 minutos, ou seja, quase 20 minutos depois do golo encarnado. Devo acrescentar que os adeptos queriam ver mais de Luis Suárez. Este merecia mais tempo para mostrar realmente o jogador que é além de que poderia ter sido decisivo caso tivesse entrado mais cedo. Nesta equipa temos os protagonistas do costume no ataque: Francisco Trincão, Pedro Gonçalves e Geny Catamo, 3 “patrões” que serão decisivos nesta época. Um pouco mais atrás temos Morten Hjulmand um dos jogadores mais importantes da equipa leonina e um dos jogadores mais pretendidos do campeonato português. Caso saia, muito dificilmente haverá alguém neste momento que consiga preencher a sua ausência tendo em conta também a capacidade negocial das equipas portuguesas que é muito reduzida comparada às grandes equipas europeias e árabes.
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